quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Tratado de Utreque 1713

Hoje estivemos a analisar as consequências do Tratado de Utreque para a nova geografia-política da Europa.

Vamos ler este pequeno artigo.

http://www.infopedia.pt/$tratado-de-utreque

Em resumo:

O Tratado de Utreque foi o documento que pôs fim à Guerra da Sucessão Espanhola, regulamentando a paz entre as potências beligerantes, em 1713.

Causas:

- O conflito explodiu quando Carlos II de Espanha morreu em 1700, sem descendência directa.

Países envolvidos:

- Num lado, a Espanha, França e a Casa de Wittelsbach (Baviera e Colónia);

- Do outro lado, a Grande Aliança de Haia - Inglaterra, Holanda, Áustria, Prússia, Hanôver, Portugal, o Sacro Império e a Sabóia.

Decisões do Tratado:

- Repartição da herança entre Filipe (neto de Louis XIV), Áustria e Inglaterra.

Consequências:

- Pôs termo à hegemonia francesa, nivelando as forças europeias;

- Beneficiou principalmente a Inglaterra (que adquiriu novas colónias e novos privilégios comerciais);

- Fez passar para o primeiro plano da cena política europeia duas potências até aí secundárias, a Prússia e a Sabóia.


Boa Leitura.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Visita ao CAM

Hoje 26/10/2010

Fernando Azevedo António Domingues António Pedro Marcelino Vespeira João Moniz Pereira
CADAVRE EXQUIS (1ª Experiência colectiva pelo processo Cadavre Exquis), 1948

Algumas turmas do 12º, da Escola Secundária Prof. Herculano Carvalho, foram visitar o Centro de Arte Moderna na Gulbenkian.

Os alunos tiveram o deleite de observar uma pintura a cinco mãos, isto é, colectiva e que os transportou para o mundo do surreal, do sonho e da imaginação.

Vale a pena ir ver "in loco"

sábado, 16 de outubro de 2010

Módulo seis - Cultura do Palco - Barroco Aula de Carlos Leite Brandão

Barroco

O nome “barroco” deriva da palavra espanhola barueco (que simbolizava uma pérola de forma irregular) e foi atribuído no final do século XVII a este estilo, contendo uma intenção pejorativa derivada ao facto de nessa altura este período ser ainda visto como a fase de decadência do Renascimento. Apenas nos inícios do século XX é que o barroco é devidamente reconhecido.

Este novo estilo artístico – o barroco – nasceu em Itália (Roma), a partir das experiências maneiristas de finais do século XVI e rapidamente se expandiu para outros países europeus, atingindo mais tarde as colónias espanholas e portuguesas da América Latina e da Ásia.

Ao contrário da simplicidade e serenidade do estilo renascentista, o barroco caracterizava-se pelo movimento, pelo dramatismo e pelo exagero. O barroco era uma arte espectacular e faustosa e, nas igrejas, atraía os fiéis, impressionando-os. Por isso foi denominado a arte da Contra-Reforma. No período da Reforma Católica desenvolveu-se a arte da talha na Península Ibérica, vindo a revelar-se uma das mais importantes expressões da Arte Barroca e um dos veículos privilegiados da transmissão dos princípios contra-reformistas. Atraindo o crente, de forma subliminar, levava-o a aceitar as directrizes da Igreja. A arte da talha é um produto de ensambladores, de douradores, de desenhadores e imaginários, presente em toda a arte sacra do período barroco.

Características gerais do barroco

Apesar das diferentes interpretações que se verificaram nos diferentes países e regiões, determinadas por diferentes contextos políticos, religiosos e culturais, este estilo apresentou algumas características comuns, como:

Ø a tendência para a representação realista;

Ø a procura do movimento e do infinito;

Ø a tentativa de integração das diferentes disciplinas artísticas;

Ø emocional sobre o racional: o seu propósito é impressionar os sentidos do observador, baseando-se no princípio segundo o qual a fé deveria ser atingida através dos sentidos e da emoção e não apenas pelo raciocínio;

Ø busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;

Ø violentos contrastes de luz e sombra;

Ø pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida;

Ø a amplitude, a contorção e a exagerada riqueza ornamental, ausência de espaços vazios e o gosto pela teatralidade.

Arquitectura

Características da arquitectura:

Durante o período barroco, duas tipologias protagonizaram as pesquisas formais e construtivas: o palácio e a igreja. Os arquitectos barrocos entendiam o edifício de forma integrada, como se fosse uma grande escultura, única e indivisível. A sua forma era ditada por complexos traçados geométricos (muitas vezes baseados em formas curvas e em ovais) que imprimiam qualidades dinâmicas aos espaços e às fachadas. Ao mesmo tempo, abandonaram-se os rígidos esquemas baseados nas ordens clássicas.

A arquitectura caracterizou-se pelo uso de colunas, frisos, fron­tões, arcos e cúpulas; nas fachadas curvas e contra curvas e nichos. Como decoração recorreu-se a baixos-relevos, pinturas, mosaicos, mármores e talha dourada .


Grandes vultos arquitectónicos

O Barroco nasceu em Itália, mais especificamente na Roma Papal seiscentista. Três arquitectos protagonizaram o desenvolvimento deste estilo: Gian Lorenzo Bernini, o mais monumental, Borromini, mais original e Piero da Cortona. A pequena igreja de San Carlo alle Quatro Fontane, projecta em 1665 por Borromini, constituiu um dos mais notáveis edifícios construídos neste período pela extrema complexidade e dinâmica da planta, pela total subversão das regras tradicionais e pela forma ondulante das paredes.

Fora de Roma, destaque para a igreja de Santa Maria della Salute, de Veneza, projectada por Baldassare Longhena e para os trabalhos de Guarino Guarini , de inspiração borrominiana, como a Capella della Santa Sindone, em Turim.

O Barroco francês assumiu características simultaneamente mais monumentais e clássicas. O seu afastamento relativamente à estética italiana foi afirmado com recusa do projecto de Bernini para a ampliação do Louvre. Este estilo encontrou a sua máxima expressão no Palácio de Versalhes , uma residência real construída nos arredores de Paris por Louis XIV, projectada pelo arquitecto Louis le Vau e pelo jardineiro André le Nôtre, que integra um vasto palácio e um enorme jardim estruturado por longos eixos e pontuado por estátuas, fontes e um enorme canal.

As guerras na Alemanha e a invasão Turca da Áustria condicionaram grandemente a introdução do estilo barroco nestes países. Por esta razão, o Barroco alemão e austríaco foi desenvolvido mais tardiamente e, embora se fundamente em modelos italianos, a sua exuberância decorativa denuncia conceitos já próximos do estilo Rococó.

Em Inglaterra este estilo foi protagonizado por Sir Christopher Wren, autor de muitos projectos para reconstrução das igrejas de Londres, dos quais se destaca o da Catedral de S. Paulo, iniciada em 1675.

Pintura

Características da pintura

Na pintura verificou-se, neste período, para além da transformação estilística, o alargamento dos géneros e das próprias dimensões desta forma de arte, de maneira a integrar organicamente os espaços arquitectónicos.

Esta pintura em trompe l'oeil, aplicada em paredes e tectos constituiu uma das mais originais contribuições do Barroco.

Esta actividade artística recorreu a cores quentes (amarelos, vermelhos, dourados), a jogos de luzes e sombras; arte do retrato acentuou-se.

Grandes pintores

O mais influente pintor deste período foi o italiano Caravaggio, famoso pelas pinturas religiosas nas quais os contrastes entre a luz e sombra na modelação dos corpos e dos espaços introduz uma atmosfera dramática de intensa espiritualidade.

A pintura barroca flamenga afirmou-se através do trabalhos de dois artistas, bastante diferentes entre si: Peter Paul Rubens, autor de uma pintura vigorosa, sensual e teatral, e Rembrandt van Rijn, pintor mais introvertido, executou inúmeros auto-retratos inspirados na linguagem intensa e dramática de Caravaggio.

Em Espanha, a pintura atingiu um elevado nível artístico, protagonizada por Diego Rodríguez da Silva e Velásquez, por Bartolomeu Murillo e por Francisco Zurbarán. Velásquez, pintor oficial da corte e um dos mais originais artistas barrocos, realizou a sua obra-prima, "As Meninas", em 1629 .

Em França, ao caravagismo de sentido intimista da pintura de Georges de La Tour opõem-se a vertente mais classicista dos trabalhos de Nicolas Poussin e o caráter cenográfico das pinturas de Charles le Brun para o Palácio de Versalhes.

Escultura

Características da escultura

Na escultura barroca procurou-se explorar o dramatismo das figuras representadas, tentando suscitar os sentimentos do observador.

Esta arte caracterizou-se pelo movimento, expressão de sentimentos fortes (dor, sofrimento, paixão) e pelo grande exagero das formas.

Grandes escultores

A escultura barroca encontrou o seu paroxismo nas obras do italiano Gian Lorenzo Bernini , caracterizadas pelo virtuosismo técnico e pela tentativa de captar o movimento em momentos fugidios, caso das peças "Apolo e Dafné", realizada entre 1622 e 1624 ou no "Êxtase de Santa Teresa", de 1645.

Literatura

Vários países aderiram ao movimento na Europa. Passo a referir as designações que o classificaram a partir de obras literárias: na Inglaterra foi designado eufuísmo; na Itália surgiu a designação de marinismo; na França surge com o nome de preciosismo; na Espanha surge a designação de Gongorismo . Portugal adere, também, como podemos ver em Lampadário de Cristal de Jerónimo Baía, superlativando o real quotidiano, e aceita o nome que a Espanha dera ao movimento.

Acentua-se o emprego dos recursos estilísticos, nomeadamente metáforas, paronímias, hipérbatos, comparações, anáforas, hipérboles, antíteses, assíndetos, catacreses, pleonasmos, perífrases, trocadilhos, a assimetria, o geometrismo, o predomínio da ordem imaginativa sobre a lógica, os conceitos com o seu engenho e agudeza com vista à novidade e ao inusitado. Entre outros, refira-se o soneto de Jerónimo Baía, no qual cada verso é composto de duas metades que formam um todo, afirmando o geometrismo formal.

Barroca, também, a forma como é transmitida a doutrina espiritual, cultivando o medo do inferno, como se pode ver na prosa de Manuel Bernardes e Frei António das Chagas. De cariz barroco é a obra moralista como a vemos representada por D. Francisco Manuel de Melo (Feira de Anexins, Apólogos Dialogais, Carta de Guia de Casados), em Diogo Bernardes na Nova Floresta, nos Sermões de António Vieira, na Corte na Aldeia de Rodrigues Lobo.

Este movimento que, no século XVII, entre nós, floresceu em pleno nas várias artes, na poesia em vários poetas, com especial relevo em Rodrigues Lobo e D.Francisco Manuel de Melo, entra em declínio no século XVIII, dando origem ao estilo rococó, o mesmo acontecendo na literatura brasileira, que desperta no século XVII com marcas do Barroco de escritores portugueses e espanhóis. Entre nós, A Arte Poética de José Freire, em 1739, é o primeiro grande golpe dado no seiscentismo; depois, é a publicação do Verdadeiro Método de Estudar de Verney em 1746 e, por último, a fundação da Arcádia Ulissiponense.




FRANÇA: O teatro francês, ao contrário do inglês e do espanhol, consegue adaptar-se ao gosto refinado do público aristocrático a que se destina. Obedece a regras muito rigorosas: o tema é obrigatoriamente imitado de um modelo greco-romano; as unidades aristotélicas têm de ser respeitadas; a regra do "bom gosto" exige que a acção, de construção lógica e coerente, nunca mostre situações violentas ou ousadas; o texto, em geral em versos alexandrinos, é muito poético. A fundação da Comédie Française por Luís XIV (1680) transforma o teatro numa actividade oficial, subvencionada pelo Estado.

Autores franceses – Em Cid, Pierre Corneille descreve o conflito entre o sentimento e a razão; e esta última é vitoriosa. Jean Racine (Fedra) pinta personagens dominados por suas paixões e destruídos por elas. Em suas comédias, Molière cria uma galeria de tipos (O avarento, O burguês fidalgo) que simbolizam as qualidades e os defeitos humanos. Em todos esses autores se notam traços que vão se fortalecer no neoclassicismo.

Molière (1622-1673), pseudônimo de Jean-Baptiste Poquelin. Filho de um rico comerciante tem acesso a uma educação privilegiada e é desde cedo atraído pela literatura e a filosofia. Suas comédias, marcadas pelo quotidiano da época, são capazes de criticar tanto a hipocrisia da nobreza como a avidez do burguês ascendente. Suas principais obras são O avarento, O burguês fidalgo, Escola de mulheres, Tartufo, O doente imaginário.



INGLATERRA: Um período de crise começa quando, após a Revolução Puritana, em 1642, Oliver Cromwell fecha os teatros. Essa situação perdura até a Restauração (1660).

Autores ingleses – No início do século XVII, destacam-se John Webster (A duquesa de Malfi) e John Ford (Que pena que ela seja uma prostituta). Depois da Restauração os nomes mais importantes são os dos colaboradores Francis Beaumont e John Fletcher (Philaster).



ITÁLIA: O teatro falado é pouco original, copiando modelos da França. Mas na ópera ocorrem revoluções que modificam o género dramático como um todo. Em 1637, a Andromeda, de Francesco Manelli, inaugura o teatro da família Tron, no bairro veneziano de San Cassiano, modelo para casas futuras.

Espaço cénico italiano: troca-se a cena recta greco-romana pelo "palco italiano", com boca de cena arredondada e luzes na ribalta, escondidas do público por anteparos. Pela primeira vez é usada uma cortina para tampar a cena. As três portas da cena grega são substituídas por telões pintados que permitem efeitos de perspectiva e é introduzida a maquinaria para efeitos especiais. Apagam-se as luzes da sala durante o espectáculo, para concentrar a atenção do público no palco. Há uma plateia e camarotes, dispostos em ferradura. A ópera torna-se tão popular que, só em Veneza, no século XVII, funcionam regularmente 14 teatros.


A música barroca

Como outras formas de arte barroca, a música caracterizou-se por pormenores e contrastes complexos. Está intimamente relacionada com a vida da Igreja e da corte. A música de cunho religioso tornou-se progressivamente dramática e secular.

A ópera, com seus espectáculos elaboradamente encenados, desenvolveu-se primeiramente durante a época barroca.

Entre os grandes compositores barrocos, incluem-se Cláudio Monteverdi e Alessandro Scarlatti, na Itália, e Johann Sebastian Bach (Fig.16) e George F. Handel, na Alemanha.


O barroco em Portugal

O barroco Joanino

Em Portugal, o barroco atingiu o seu esplendor na primeira metade do século XVIII, com D.João V.

As remessas de ouro do Brasil permitiram que D.João V chamasse artistas estrangeiros e mandasse realizar várias obras de arte.

As várias vertentes da produção artística ao longo do reinado de D. João V receberam a designação genérica de Barroco Joanino. Contudo, este extenso período de 44 anos, apesar de se consubstanciar em torno da figura do Magnânimo e da sua política absolutista, não apresenta uma homogeneidade de correntes artísticas. Nesta classificação abrangente integram-se diferentes manifestações da arte barroca setecentista.

Caracterizando o reinado de D. João V, podemos afirmar que este foi marcado por um longo período de paz, após as desgastantes lutas da Restauração. O tempo de D. João V coincide com o despertar do ciclo económico do ouro e dos diamantes do Brasil, mais-valia preciosa que incrementará uma renovadora política de mecenato de grandes edificações, quer de patrocínio da Coroa, quer ainda de iniciativa do Clero e da alta nobreza. Esta opulência e enriquecimento reflectiram-se no aparato e na monumentalidade das obras de arte, concebidas numa triunfante linguagem barroca.

No campo artístico, a procura de uma encenação grandiosa do poder foi acompanhada por uma abertura e pelo estabelecimento de contactos com tratados, obras de arte e artistas estrangeiros. Isto traduziu-se numa clara influência do Barroco internacional, sobretudo a partir do segundo quartel do século XVIII, altura em que a severidade característica do Barroco Nacional vai cedendo lugar à renovada linguagem deste Barroco estrangeirado.

A corrente de renovação assolou todo o país e manifestou-se nas mais diversas produções artísticas. A arquitectura, a escultura e a pintura, bem assim como as artes decorativas – mobiliário, ourivesaria e, sobretudo, a talha e o azulejo –, foram incrementadas e personalizadas por uma vasta plêiade de artistas portugueses e estrangeiros.


O triunfo do Barroco Joanino conferiu uma expressiva teatralidade de atitudes e gestos à escultura em madeira e pedra, enquanto a arte da pintura assimilava o colorido excessivo e a lição das pinturas em perspectiva e de ilusão, cobrindo os tectos e cúpulas dos templos e palácios setecentistas. No capítulo das artes decorativas, para além das excelentes obras de ourivesaria de influência italiana e francesa, uma harmonia em azul, branco e dourado apossou-se da talha e do azulejo, duas das áreas artísticas que atingiram uma originalidade maior. Os interiores dos templos religiosos foram inundados por uma dinâmica e excessiva onda dourada de talha, contrastando harmoniosamente com o azul e branco dos tapetes de azulejaria, revestindo as paredes com a sua temática de episódios religiosos e profanos.

Não se concretizando especificamente como um estilo artístico, o Barroco Joanino teve o grande mérito de se abrir às influências das correntes internacionais, amalgamando-as com a tradição artística das oficinas nacionais e produzindo algumas das mais emblemáticas obras da arte portuguesa.

Grandes e esplendorosas obras

Grandes obras de arte foram construídas durante o período barroco em Portugal, entre elas podemos destacar as seguintes: o Converto de Mafra, cujo arquitecto foi Ludovice, envolveu na sua construção milhares de trabalhadores e possui uma magnífica biblioteca de 88 metros de comprimento .

Foi na parte norte do país que o barroco se implantou com mais força, através de inúmeras igrejas, solares (como o Solar de Mateus - Vila Real ), palácios (como o do Freixo, no Porto). Uma obra marcante é a Torre dos Clérigos (Porto), de Nicolau Nasoni.

Em Coimbra destaca-se a Biblioteca dos Gerais da Universi­dade (Biblioteca Joanina).

Não podemos deixar de citar o aqueduto das Águas Livres, a Igreja e escadas do Bom Jesus de Braga e o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios em Lamego.

Foi na escultura que o barroco teve uma das manifestações mais ricas, através da estatuária e talha dourada.

A marca dos artistas portugueses fez-se sentir sobretudo nos altares de talha dourada e nos painéis de azulejo que embelezavam igrejas, salões, escadarias e jardins.


O principal escultor dessa altura foi Machado de Castro (1731­-1822), que se celebrizou pelos seus presépios. Na pintura desta­cou-se Vieira Lusitano. Outras artes também desenvolvidas nesta época foram a música, distinguindo-se Carlos Seixas (1704-1742), e o teatro, com António José da Silva (1705-1739), mais conhecido por "o Judeu”.


Conclusão

O Barroco foi um estilo artístico marcadamente do século XVIII e característico das monarquias absolutistas. Este fez-se sentir nas mais variadas formas de arte: arquitectura, pintura, escultura, literatura, musica teatro, ópera.

Surgindo depois do Renascimento este estilo tem características muito próprias como, por exemplo, a amplitude, o movimento, o exagero nas formas e a teatralidade.

A realização deste trabalho foi bastante proveitosa. Com ele descobri o verdadeiro sentido do barroco e conheci melhor muitos dos artistas destas época, bem como as suas obras.

Apesar de ser trabalhado com muito exagero e ”deturpação” das formas, acho o barroco bastante sublime e misterioso. A particularidade de ter sido posto ao serviço da Igreja para atrair os fiéis é bastante interessante.


Anexo:

O barroco portuense

O Barroco manifesta-se no Porto em inúmeros e expressivos edifícios de arquitectura civil e religiosa. A arquitectos como António Pereira e Nicolau Nasoni deve a cidade alguns dos mais representativos exemplares deste estilo, provocando uma completa transformação na paisagem urbana setecentista. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, a cidade assemelha-se a um “estaleiro” de artistas e artífices, que produziram um significativo conjunto de obras de alto valor estético.



Sé Catedral, Terreiro da Sé

Construída no século XII em estilo românico, sofreu diversas alterações na época barroca. No interior destacam-se as pinturas de Nicolau Nasoni, o retábulo-mor, em talha dourada, e o altar em prata do Santíssimo Sacramento. Ainda de estilo barroco são dignos de nota os azulejos do claustro, a galilé setentrional, bem como a notável escadaria que liga o claustro à Casa do Cabido e, nesta última, o tecto da Sala do Capítulo.

Paço Episcopal, Terreiro da Sé

A sua construção remonta ao século XIII, tendo sido totalmente remodelado pelo Bispo D. Rafael de Mendonça, em data posterior a 1770. Este palácio, o mais grandioso que a cidade possui, tem sido atribuído ao arquitecto Nicolau Nasoni.

Casa do Cónego Domingos Barbosa, Rua de D.Hugo

Este edifício foi construído no século XVIII, para habitação de um dos mais ilustres cónegos da Sé portuense. Pensa-se que o projecto seja da autoria de Nicolau Nasoni ou de um seu colaborador, mestre António Pereira. Hoje em dia, serve de Casa Museu (em fase de remodelação), onde se encontra exposta a colecção de arte do poeta Guerra Junqueiro.

Igreja de Santa Clara, Largo 1º de Dezembro

É um edifício de origem gótica, cujo interior foi revestido a talha dourada, da primeira metade do século XVIII. Verdadeira jóia do Barroco, impressiona o visitante pela sua exuberância decorativa e pela feliz combinação entre a talha e o azulejo.

Igreja da Ordem do Terço, Rua de Cimo de Vila

A sua construção teve início no ano de 1759, desconhecendo-se o autor do projecto. A fachada, em granito lavrado, ostenta elementos rocócó e o interior é decorado com estuques e talha. O retábulo da capela-mor data de 1776 e é da autoria de José Teixeira Guimarães. Contíguo a esta igreja, funciona o Hospital da Nossa Senhora do Terço e Caridade, desde 1781.

Igreja de Santo Ildefonso, Praça da Batalha

A nova Igreja de Santo Ildefonso foi edificada entre os anos de 1730 e 1737, não se sabendo o autor do seu projecto. Contrariamente ao que sucede na fachada, desprovida de graciosidade, o retábulo da capela-mor revela toda a elegância da sua nova estrutura retabilística. A obra de talha teve o risco de Nicolau Nasoni.

Igreja de Nossa Senhora da Esperança, Av. Rodrigues de Freitas (ao Jardim de S.Lázaro)

Edificado no terreiro de S. Lázaro, segundo o traço do mestre António Pereira, a obra do Recolhimento das Meninas Órfãs foi construída entre 1724 e 1743. Em 1746, é iniciada a construção da Igreja, segundo projecto atribuído por alguns a Nicolau Nasoni. O interior apresenta diversos retábulos em talha, de estilo barroco.

Igreja dos Terceiros do Carmo, Rua do Carmo

Igreja construída na segunda metade do século XVIII, sendo projecto do arquitecto José Figueiredo Seixas. A fachada de cantaria, rematada por um amplo frontão, sobre o qual aparecem as figuras dos quatro evangelistas, revela ainda grandes influências do estilo criado por Nicolau Nasoni.

Igreja e Torre dos Clérigos, Rua de S. Filipe Nery

Este conjunto arquitectónico foi edificado, entre 1732 e 1773, pela Irmandade dos Clérigos. Na construção da Igreja trabalharam vários artistas, destacando-se Nicolau Nasoni e o mestre pedreiro António Pereira. A Torre que remata o edifício do lado poente é uma das obras-primas de Nicolau Nasoni, sendo considerada um dos ex-libris da cidade.

Palácio de S. João Novo, Largo de S. João Novo

Este palácio foi edificado por mestre António Pereira, no segundo quartel do século XVIII, para habitação de Pedro da Costa Lima, fidalgo da Casa Real, que exerceu diversos cargos públicos na Cidade. São dignas de nota a fachada principal e a escadaria nobre, do interior.

Fachada da Igreja da Misericórdia, Rua das Flores

É um dos mais significativos exemplares da arquitectura setecentista do Porto, sendo o risco da autoria de Nicolau Nasoni. A obra, que se encontra datada de 1750, é de um grande efeito cenográfico e nela já se faz notar a influência da nova gramática decorativa do rococó.

Igreja de S. Francisco e Casa do Despacho, Rua do Infante D. Henrique

A construção da igreja iniciou-se no século XIV, sendo o principal templo em estilo gótico existente na cidade. No entanto, é uma das mais importantes obras do Barroco, pelo seu revestimento interior em talha dourada, dos séculos XVII e XVIII. É de destacar a Árvore de Jessé, da autoria de mestre Manuel Carneiro Adão.


O Porto barroco pode ainda admirar-se em outros monumentos para além dos acima descritos, como é o caso da belíssima talha dourada que decora todo o interior da Igreja de S. João da Foz do Douro, do retábulo da Igreja de S. Pedro de Miragaia ou, ainda, das arquitecturas palacianas da Casa de Ramalde ou das Quintas da Prelada e de Bonjóia, espaços de representação que têm no Palácio do Freixo o seu mais virtuoso cenário.


Filipa Campos
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/historia/historia_trab/barroco.htm

domingo, 10 de outubro de 2010

Vamos observar as imagens...

Doc. 1 Doc. 2 1- Observe, com muita atenção, os documentos 1 e 2.
1.1- Identifique para cada uma das obras, os autores, os temas e os estilos dos documentos 1 e 2.
1.2- Descreva, criticamente, a pintura representada no doc. 1.
1.3- Apresente as influências e inovações adoptadas pelo escultor do doc. 2.

Bom Trabalho!

Santa Maria...

Doc. 1
Doc. 21- Observe os documentos 1 e 2.

1.1- Identifique o lugar, o arquitecto e a obra apresentada.
1.2- Indique as características da nova arquitectura renascentista.
Bom trabalho!

Imprensa...

Doc. 1
Doc. 2 1- Observe as imagens.
1.1- Identifique cada uma das imagens aqui representadas.
1.2- Este humanista publicou O Elogio da Loucura. Mencione o que entende por humanista, refira-se aos valores e influências que este recebeu.
1.3- Relacione o doc. 2, com o movimento humanísta.
Bom trabalho!

Últimas Ceias...prepare-se para responder

Doc. 1
Doc. 2

Doc. 3 1- Observe, com muita atenção os três documentos.
1.1- Identifique cada um dos documentos.
1.2- A partir do doc. 2, refira-se às características da pintura deste autor.
1.3- Compare as diferenças entre a pintura do doc. 2 e a pintura do doc. 1. Na sua resposta, mencione o tempo, o estilo, a forma /a estética que pode encontar nestes quadros.
Bom Trabalho!

Caros alunos chegou a hora de mostrar quem sabe sabe...

A obra latina, De Achitectura, do militar Vitrúvio, século I a.C, esteve perdida durante séculos até ser descoberta no século XV.
Desta retirou-se a seguinte afirmação:

Doc. 1
«Acontece que o umbigo é, naturalmente, o centro do corpo: com efeito, se um homem se puser deitado de costas com as mãos e pés estendidas e colocarmos um centro de compasso no seu umbigo, descrevendo uma circunferência, serão tocados pela linha curva os dedos de qualquer uma das mãos ou dos pés.»

In: http://algarvivo.com/arqueo/romano/vitruvio.html

Doc. 2

1- Identifique o documento 2.

2- Relacione o documento 1 com uma ou mais características do movimento renascentista.

3- Mostre a importância de Vitrúvio para o desenvolvimento do movimento artístico do renasimento.

4- Diga o que entende por Renascimento.

Bom trabalho!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Os primeiros documentos escritos em português


Notícia de Torto 1214?
IAN/TT, Mosteiro do Vairão, maço 2,documento 40; 315×170mm


Testamento de D. Afonso II - 1214
IAN/TT, Mitra de Braga, caixa 1, documento 48; 240×495mm


Notícia de Fiadores - 1175
IAN/TT, Mosteiro de São Cristóvão de Rio Tinto, maço 2,
documento 10; 120×327mm

Os dois textos originais escritos em português, que datam do século XIII, são a Notícia de Torto (1211/1216 talvez 1214) e o Testamento de Afonso II (1214). Foi, recentemente, descoberto um outro documento original, também escrito em português, mas de 1175, a Notícia de Fiadores.
Se quer saber mais

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Santo António de Lisboa ou será de Pádua?!

Este frade franciscano foi canonizado a 31 de Maio de 1232. Ainda não se tinha completado um ano sobre a sua morte. Foi um caso único na história da Igreja Católica, já que nem São Francisco de Assis teve tal privilégio.

Santo António nasceu em Lisboa, a 15 de Agosto de 1195 e faleceu a 13 de Junho de 1231, na cidade de Pádua. Tinha apenas 36 anos de idade.

Vê os passos da sua interessante vida aqui


"Quem não pode fazer grandes coisas, faça ao menos o que estiver na medida de suas forças; certamente não ficará sem recompensa"
(Sto. António de Lisboa)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Em tempos o 28 de Maio foi feriado nacional...

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A 28 de Maio de 1926, um golpe de estado leva à queda da I República Portuguesa e abre caminho à implantação da Ditadura Militar e, posteriormente, ao Estado Novo.
Os diversos problemas que afectaram a 1ª República, tais como a participação na I Guerra Mundial e as sucessivas instabilidades, quer políticas quer económicas, levaram à formação de uma corrente oposicionista bastante forte.

O operariado, os capitalistas e variados sectores da direita, temendo que Portugal enveredasse pelo socialismo dominante na Rússia, fomentaram a existência de grupos armados de extrema-direita, com o intuito de formar um "governo forte" que melhor defendesse os seus interesses.

Após vários golpes fracassados, como o que teve lugar a 18 de Abril de 1925, um deles foi bem sucedido: o de 28 de Maio de 1926.

Iniciado em Braga, o golpe militar teve como mentores o General Gomes da Costa (comandante militar) e José Mendes Cabeçadas, entre outros, onde os militares e os civis antiliberais desempenharam papel preponderante.

Procura aqui os detalhes.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Batalha de Ourique - 25 de Julho de 1139 -


A tradição relata a vitória de D. Afonso Henriques sobre um numeroso contingente comandado por cinco reis muçulmanos.

E o significado das cinco quinas do escudo nacional provinha desta dita batalha travada contra os cinco Mouros.


A Batalha de Ourique, segundo a Crónica dos Godos


Era de 1177 [de César e 1139 de Cristo] a 25 de Julho na festa de S. Tiago Apóstolo, no undécimo ano do seu reinado, o mesmo rei D. Afonso travou uma grande batalha com o rei dos Sarracenos, de nome Esmar, num lugar que se chama Ourique.

Efectivamente aquele rei dos Sarracenos, conhecendo a coragem e a audácia do rei D. Afonso, e vendo que ele frequentemente entrava na terra dos Sarracenos fazendo grandes depredações e vexava grandemente os seus domínios, quis; se fazê-lo pudesse, travar batalha com ele e encontrá-lo incauto e despercebido em qualquer parte.

Por isso uma vez, quando o rei D. Afonso com o seu exército entrava por terra dos Sarracenos e estava no coração das suas terras, o rei sarraceno Esmar, tendo congregado grande número de Mouros de além-mar, que trouxera consigo e daqueles que moravam aquém-mar, no termo de Sevilha, de Badajoz, de Elvas, de Évora, de Beja e de todos os castelos até Santarém, veio ao encontro dele para o atacar, confiando no seu valor e no grande número do seu exército, pois mais numerosos era ainda pela presença aí das mulheres que combatiam à laia de amazonas, como depois se provou por aquelas que no fim se encontraram mortas.

Como o rei D. Afonso estivesse com alguns dos seus acampado num promontório foi cercado e bloqueado de todos os lados pelos Sarracenos de manhã até à noite. Como estes quisessem atacar e invadir o acampamento dos cristãos, alguns soldados escolhidos destes investiram com eles (Sarracenos), combatendo valorosamente, expulsaram-nos do acampamento, fizeram neles grande carnificina e separaram-nos.



Como o rei Esmar visse isto, isto é, o valor dos Cristãos, e porque estes estavam preparados mais para vencer ou morrer do que para fugir, ele próprio se pôs em fuga e todos os que estavam com ele, e toda aquela multidão de infiéis foi aniquilada e dispersa quer pela matança quer pela fuga. Também o rei deles fugiu vencido, tendo sido preso ali um seu sobrinho e neto do rei Ali, de nome Omar Atagor.


Com muitos homens mortos também da sua parte, D. Afonso, com a ajuda da graça de Deus, alcançou um grande triunfo dos seus inimigos, e, desde aquela ocasião, a força e a audácia dos Sarracenos enfraqueceu muitíssimo.




Para mais detalhes procura aqui.


Modernamente a historiografia pensa que o exército muçulmano não seria tão numeroso, devido à situação de crise vivida pelos muçulmanos na Península e no Norte de África.


A localização exacta do campo de batalha é também polémica. Tradicionalmente foi localizada em Ourique, no Alentejo; outras localizações foram aventadas, mas a primeira é aquela que reúne maior consenso.


Associada à batalha surgiu no século XV uma outra lenda, a do milagre de Ourique. Dizia esta lenda que, antes da batalha, teria surgido Cristo a D. Afonso Henriques, assegurando-lhe a vitória e a protecção futura do reino.

Desta forma a independência de Portugal assentava na vontade expressa de Deus. Esta lenda surgiu em 1485 (três séculos após a batalha), quando Vasco Fernandes de Lucena, embaixador de D. João II enviado ao papa Inocêncio VIII, incluiu no relato da batalha de Ourique o aparecimento de Cristo.

No século XVII, o frade alcobacense Bernardo de Brito aperfeiçoou a mesma lenda pormenorizando-a e conferindo-lhe uma nova importância.

De notar que a lenda surgiu e foi reforçada em duas situações em que Portugal necessitava de consolidar a sua independência e autonomia.

A partir do século XIX a lenda foi posta em causa, primeiro por Herculano e posteriormente pela moderna historiografia.



quarta-feira, 26 de maio de 2010

União Nacional

Neste dia 26 de Maio de 1934, iniciou-se o Primeiro Congresso da União Nacional com a participação de António Oliveira Salazar.




No seu decorrer (entre 26 e 28 de Maio), cimenta-se a ideologia conservadora e autoritária do partido único do Estado Novo que orientará, durante quatro décadas, o destino de Portugal.


http://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Nacional

terça-feira, 25 de maio de 2010

Cristão-Novo !!!



A 25 de Maio de 1773, no reinado de D. José, é publicada a carta de lei que extingue, em Portugal, a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Teste de Recuperação Módulo Dois

Especialmente para a Hassato
aqui vão algumas perguntas sobre A Cultura do Senado.

1- Refira-se à acção de Octávio César Augusto no plano cultural romano.


2- Mencione a importância da Lei Romana para o Império.

3- Justifique os termos de belo, monumentalidade e útil atribuídos à arte romana.

4- Identifique os sistemas de construção desenvolvidos pelos romanos.

5- Indique os monumentos de propaganda e de exaltação do poder do Imperador Romano. Justifique a sua escolha.

6- Descreva a estrutura do monumento adoptado, mais tarde, pela Igreja Católica como templo de oração.

7- Mencione a organização que se pode constatar na cidade de Timgad.


8- Identifique as características da escultura/retrato de Júlio César.



9- Refira-se à tradição, técnica, estilo e temas do mosiaco romano.



10- Identifique e caracterize a fase do fresco de Pompeia aqui apresentado.

Bom Trabalho!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Leonardo Da Vinci

AutoRetrato de Leonardo

A Última Ceia



A Virgem dos Rochedos


Leonardo da Vinci nasceu em Anchiano, perto de Vinci, a 15 de Abril de 1452.
Era filho do notário Piero di Antonio da Vinci e de uma camponesa, Catarina.
No ano do seu nascimento, o seu pai casou com uma mulher muito mais nova, Albiera di Giovanni Amadori. Leonardo foi separado da mãe aos 5 anos de idade e, a partir de então, passou a viver com o pai.

Leonardo cresceu no campo o que poderá justificar o seu amor pela natureza. Teve uma grande paixão por cavalos que, mais tarde, foram objecto de magníficos estudos.

Em 1469, Leonardo mudou-se para Florença onde iniciou a sua aprendizagem em pintura no atelier do célebre pintor florentino Andrea del Verrocchio (1436-1488).

Em 1472 iniciou investigações anatómicas. Elaborou então inúmeros desenhos e esquemas do corpo humano.
O seu primeiro desenho, intitulado Desenho da paisagem do Vale do Arno, é datado de 1473.

Até 1480, produziu uma série de quadros pequenos, como a Madona com Cravo, a Madona Benois e, possivelmente, também a Anunciação.

Em 1482, mudou-se para Milão e ofereceu os seus serviços como engenheiro, escultor e pintor a Ludovico Sforza (1451-1508).
De 1483 até 1486, juntamente com Ambrogio e Evangelista de Predis, aceitou e executou a encomenda de uma pintura de altar: A Virgem dos Rochedos.

De 1487 até 1488, trabalhou como arquitecto no atelier da Catedral de Milão.

Em 1489, Leonardo planeou um tratado de anatomia com base numa grande colecção de desenhos anatómicos que havia realizado a partir de observações e dissecações humanas e animais.

De 1489 até 1494, trabalhou na estátua equestre de Francesco Sforza em Milão. Nesse mesmo período pintou os Retrato de Cecilia Gallarani e de Lucrezia Crivelli.

De 1495 até 1498, Leonardo entregou-se à pintura de A Última Ceia encomendada por Ludovico Sforza.
Em 1500, regressou a Florença e iniciou aquele que seria o seu período mais produtivo como pintor. Na primavera desenhou um croquis para a A Virgem e o Menino com Stª Ana, cuja pintura a óleo só será concluída em 1510.

Em 1501, trabalhou num pequeno quadro da Virgem com o Menino conhecido como Madona del Fuso.

Em 1502, viajou por Itália com Cesar Borgia como arquitecto e engenheiro. Neste altura, desenhou mapas e outros tipos de representações geográficas.

Em 1503, regressou a Florença e iniciou o retrato de Lisa del Giocondo, esposa de Francesco del Giocondo. Nesta altura começou a pintura mural da Batalha de Anghiari.

Em 1503, regressou a Florença e iniciou o retrato de Lisa del Giocondo, esposa de Francesco del Giocondo. Nesta altura começou a pintura mural da Batalha de Anghiari.

Em 1513, Leonardo da Vinci foi para Roma com o seu novo mecenas, Giuliano de Medici.
Em 1514/1515 iniciou uma série de experiências científicas. Entre outras coisas, planeou a drenagem dos pântanos de Pontini, a sul de Roma.

Em 1516, após a morte de Giuliano de Medici, foi para França trabalhar na corte de Francisco I.

Morreu em Cloux em 1519. Foi sepultado na Igreja de S. Florentino, em Ambroise.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

** O ISLÃO **

O Islão é uma religião monoteísta que surgiu na Península Arábica no século VII, baseada nos ensinamentos religiosos do profeta Maomé (Muhammad) e na escritura sagrada, Alcorão. A religião é conhecida ainda por Islamismo. Os seguidores/crentes chamam-se Muçulmanos.

Na visão muçulmana, o Islão surgiu desde a criação do homem, ou seja, desde Adão, sendo este o primeiro profeta e o último foi Maomé.

Cerca de duzentos anos após a morte de Maomé, o Islão já se tinha difundido em todo o Médio Oriente, no Norte de África e na península Ibérica, bem como na direcção da antiga Pérsia e Índia.
Mais tarde, o Islão atingiu a Anatólia, os Balcãs e a África subsaariana. Recentes movimentos migratórios de populações muçulmanas no sentido da Europa e do continente americano levaram ao aparecimento de comunidades muçulmanas nestes territórios.

A mensagem do Islão caracteriza-se pela sua simplicidade:

São os CincoPilares da Fé
Para atingir a salvação basta acreditar num único Deus,
Rezar cinco vezes por dia voltado para Meca,
Submeter-se ao jejum anual no mês do Ramadão,
Pagar dádivas rituais (esmola) e
Efectuar, se possível, uma peregrinação à cidade de Meca.

O Islão é visto pelos seus crentes como um modo de vida que inclui instruções que se relacionam com todos os aspectos da actividade humana, sejam eles políticos, sociais, financeiros, legais, militares ou interpessoais. Não há distinção entre o espiritual e o temporal.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Isl%C3%A3o

terça-feira, 27 de abril de 2010

Renascimento




O termo Renascimento é aplicado à civilização europeia que se desenvolveu entre 1300 e 1650.
Além de reviver a antiga cultura greco-romana/clássica, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica.
O ideal do humanismo foi sem duvida um desse progressos e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado clássico (anterior à Idade Média) , considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização.
Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.

Características gerais:

* Racionalidade
* Dignidade do Ser Humano
* Rigor Científico
* Ideal Humanista
* Reutilização das artes greco-romana/clássicas


Na arquitectura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.

“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)

Principais características:

* Ordens Arquitectónicas (Dórica, Jónica, Coríntia e Compósita)
* Arcos de Volta-Perfeita
* Simplicidade na construção/Horizontalidadde
* A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autónomas
* Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares)

O principal arquitecto renascentista:

Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquitecto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser um grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da Catedral de Florença e a Capela Pazzi.

Pintura

Principais características:

* Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objectos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.

* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.

* Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.

* Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.

* Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetónicas, tornam-se manifestações independentes.

* Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.

Os principais pintores foram:

Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vénus.

Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.

Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do tecto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.
Obras destacadas: Tecto da Capela Sistina e a Sagrada Família

Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.


Escultura

Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, a escultura adquire o seu prestígio. Protectores das artes/mecenas, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Foi aí que grandes escultores se revelaram, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, David (4,10m) e Pietá.

Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse facto acabou influenciando sua escultura.
Obra destacada: David (1,26m) em bronze.

Principais Características:

* Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade
* Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
* Profundidade e perspectiva
* Estudo do corpo e do caráter humano

O Renascimento Italiano espalha-se pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as ideias italianas. São eles:

* Dürer * Hans Holbein
* Bosch * Bruegel

Curiosidades

- A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (rectangular 40 x 13 x 20 altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. A lareira produz fumaça negra - quando o Papa ainda não foi escolhido; e fumaça branca - quando o Papa acaba de ser escolhido, avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano

- Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exactamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia.

- Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc.

- Quando deparamos com o quadro da famosa Monalisa não conseguimos desviar os olhos do seu olhar, parece que nos persegue.
Por que acontece isso? Será que seus olhos podem mexer-se?
Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci
(1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito?
Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando directamente para o espectador) tem-se a impressão que a personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.

http://www.historiadaarte.com.br/renascimento.html
Boa Leitura!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Brasília - Cidade de 1/2 Século -


Hoje, 21 de Abril de 2010, faz cinquenta anos que Brasília foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. A nova cidade, substituíu a antigas capitais do Brasil, Salvador e Rio de Janeiro.

Plano Piloto


O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, o adequou ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893. Muitas das construções da Capital Federal foram projetadas pelo arquitecto Oscar Niemeyer.


Congresso Nacional


Catedral de Brasília

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bras%C3%ADlia

Parabéns!